Coluna

A Coluna vertebral é responsável pela sustentação do seu corpo e por dentro das 33 vértebras que a compõe passa a medula espinhal, uma estrutura sensível que funciona como um canal de comunicação entre o cérebro e as demais partes do corpo. Segundo alguns estudos, cerca de 80% da população em algum momento irá sentir dor na coluna. Isso ocorre por diversos motivos e um deles é a má postura corporal no dia-a-dia.

ESCOLIOSE

Escoliose é, sem dúvida, uma das grandes representantes das deformidades músculo-esqueléticas.

Escoliose pode ser classificada etiologicamente em idiopática, neuromuscular e congênita além de casos secundários a patologias não usuais como neurofibromatose, síndrome de Marfan, tumores ósseos (osteomaosteóide, osteoblastoma, cisto ósseo aneurismático, granuloma eosinofílico, hemangioma, sarcoma de Ewing, osteossarcoma), deformidades pós-radiação, osteocondrodistrofia e osteogênese imperfeita.

Alguns estudos apontam que os pacientes com escoliose idiopática teriam aumento discreto de queixas álgicas em relação aos não portadores de escoliose, porém, as dores, raramente, são incapacitantes. Sintomas pulmonares podem existir, sobretudo em curvas torácicas e a capacidade vital é inversamente proporcional à magnitude da curva, sendo que sintomas respiratórios são incomuns em curvas abaixo de 100-120o. As queixas estéticas parecem estar mais relacionadas à proeminência das costelas.

Os pacientes devem ter radiografias em ântero-posterior (uma póstero-anterior pode substituí-lo, diminuindo a radiação sofrida pelas mamas em maturação que são os principais órgãos sujeitos a essa exposição) e perfil panorâmicas em pé. Na radiografia lateral é importante a visualização da transição lombossacra para pesquisa de espondilolistese. As inclinações devem ser solicitadas para se avaliar a flexibilidade da curva quando está indicado o tratamento cirúrgico ou ortetização com colete.

Uma Ressonância Nuclear Magnética deve ser solicitada com uma apresentação anômala da curva, sintomas ou exame físico questionáveis, curvas de alta magnitude ou de rápida progressão.

Tratamento Conservador


As 2 formas mais comuns de tratamento conservador são a observação e a ortetização com colete. Pacientes jovens com curvas menores que 20o podem ser observadas a cada 6 meses (ou 3-4 meses se estiverem em fase de estirão de crescimento; adultos tem baixo risco de progressão não se fazendo necessário o acompanhamento regular. Curvas entre 30-40o podem ser ortetizadas já em uma 1ª consulta em pacientes imaturos e em adultos apesar do risco de progressão ser baixo (ou a progressão não ser costumeiramente significativa) acompanhamento espaçado entre 3-5 anos pode ser indicado. A órtese também é utilizada em casos em que a observação mostrou progressão (aumento de 5-7o entre as consultas semestrais).

Tratamento Cirúrgico


As indicações são: progressão da curva em crianças em crescimento; deformidade > 50o; dor incontrolável com tratamento conservador; lordose torácica e cosmética inaceitável.

LOMBALGIA (DOR LOMBAR)

Ao longo da vida mais de 80% das pessoas irão apresentar algum episódio de dor lombar. Em 90% dos casos esta dor vai se resolver entre 4 e 12 semanas. Apenas 10% se tornam portadores de dor lombar crônica.

A crise de Lombalgia ou dor lombar aguda é descrita como uma dor de forte intensidade do tipo fisgada, facada, queimação e as vezes mal definida na região lombar baixa essa dor pode ser localizada ou irradiar para região posterior dos glúteos e coxas. Essa dor pode se iniciar após um esforço físico ou após acidentes leves como quedas e esportes de contato, também pode ocorrer sem causa aparente. Podendo ocorrer de forma gradual ou repentina.

Lombalgia crônica é a dor que persiste por mais de 3 meses de intensidade leve ou moderada, pode ser definida como queimação, pontada, fisgada, podendo ser de origem , muscular, óssea, neurológica, podendo apresentar períodos de agudização, crises e remissão.

Em 85% dos casos nenhuma doença ou anormalidade é identificada são portanto diagnosticados como dor lombar de origem inespecífica. Na minoria dos pacientes a causa da dor pode ser identificada como doenças da coluna: fraturas, infecção, neoplasias, doenças reumatológicas (reumatismos), deformidades estruturais, estenose do canal vertebral, hérnia de disco espondilolistese.

Em algumas vezes a origem da dor pode não ser a coluna como por exemplo, nas cólicas renais, pancreatites, aneurismas da aorta, artrite do quadril, sacroileíte e doenças miofaciais como a fibromialgia.

As atividades são uma parte importante do tratamento, movimentar-se faz com que o sangue circule pelas regiões afetadas inibindo os mediadores inflamatórios e reduzindo a tensão muscular. Deve evitar carregar pesos ou esportes competitivos ou de impacto. Tomar as medicações prescritas por um médico e não automedicar-se são fundamentais, calor local, fisioterapia e alongamentos podem ajudar. Evite massagens alternativas, realizadas por pessoas não habilitadas antes de conversar com seu médico.



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